Chuva deixa o Rio em estado de atenção e prejudica o trânsito
Bolsões d'água se formaram em vias da zonas Norte e Sul, provocando lentidão
RIO - A chuva que atinge o Rio nesta sexta-feira deixa toda a cidade em estado de atenção desde as 15h20m e causa transtornos no trânsito. A situação é mais complicada nas zonas Norte e Oeste. Em Pilares, a Avenida Dom Hélder Câmara ficou interditada, no sentido Engenho de Dentro, por cerca de uma hora devido à queda de uma árvore. Um carro foi atingido, mas ainda não há informações de feridos. Segundo o Centro de Operações da prefeitura do Rio, o desvio foi feito pelo Viaduto de Pilares e o trânsito continua lento na região, mesmo após a liberação da via. Equipes dos bombeiros estão no local.
Por causa do temporal, bolsões d'água se formaram em algumas vias da cidade. No Méier, a água acumulada na esquina das ruas Vilela Tavares e Dias da Cruz deixa o trânsito lento. Na esquina das ruas 24 de Maio com Cônego Tobias, o trânsito é intenso também devido a um bolsão d'água. A chuva ainda prejudica o trânsito na Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá. Na Zona Sul, a Avenida Epitácio Pessoa apresenta trânsito ruim também devido a um bolsão. Na Zona Oeste, sinais apagados complicam o trânsito na Avenida Ayrton Senna, na Barra da Tijuca, na Estrada do Mato Alto, em Campo Grande, e em pontos isolados de Jacarepaguá.
O temporal também afeta as operações da SuperVia. O sistema de teleférico do Complexo do Alemão foi interrompido às 15h20m devido a incidências de raios na região da Zona Norte. O procedimento, segundo a concessionária, é adotado por medida de segurança, e todos os passageiros foram desembarcados das gôndolas nas estações mais próximas. A concessionária ofereceu um transporte terrestre para que os passageiros chegassem ao seu destino.
As descargas elétricas nas imediações da estação Deodoro ainda prejudicam a circulação de trens. Todos os ramais operam com intervalos irregulares. De acordo com a SuperVia, equipes de atendimento foram reforçadas nas estações para melhorar a orientação aos passageiros.
No Centro, uma passeata piorou ainda mais o trânsito. Os manifestantes ocuparam duas faixas da Avenida Rio Branco, na altura da Avenida Presidente Vargas. As pistas foram liberadas perto das 18h15m.
Chuva forte em seis regiões da cidade
A última leitura dos pluviômetros da prefeitura mostrou chuva forte em seis estações: Grajaú-Jacarepaguá (13,2mm em 15 minutos), Piedade (10,2mm), Anchieta (9,2mm), Jacarepaguá (7,4mm), Tijuca e Grajaú (6,4mm). Houve registro de chuva moderada também em Irajá, na Zona Norte. Há relatos de pancadas também em Copacabana, Lagoa e Jardim Botânico, na Zona Sul, e Centro. Penha, Madureira e Piedade tiveram chuva fraca, segundo a prefeitura.
O dia amanheceu bastante quente e com o sol forte, mas durante o tempo virou pela tarde. Segundo o Centro de Operações da prefeitura do Rio, núcleos de chuva vindos da Região Serrana e da Baixada Fluminense se deslocaram para a capital fluminense. As pancadas de chuva vieram acompanhadas de descargas elétricas e rajadas de vento, principalmente na Zona Norte.
Segundo a prefeitura, o estágio de atenção é o segundo nível em uma escala de quatro e significa a possibilidade de chuva moderada, ocasionalmente forte, nas próximas horas.
A chegada de uma frente fria ao Rio durante a madrugada da quinta-feira trouxe ventos fortes e chuva. De acordo com o Instituto Climatempo, a previsão é de chuva durante todo o fim de semana, o primeiro da primavera, que começa no sábado. A temperatura deve ficar mais amena, mas na segunda-feira o sol volta a aparecer e os termômetros vão subir.
Região Serrana emite sinais de alerta devido à chuva
Por causa da chuva desta sexta-feira, o Centro Estadual de Administração de Desastres já emitiu sinais de alerta para cerca de 300 comunidades de quatro municípios da Região Serrana, que se encontram em áreas mais vulneráveis. São eles: Friburgo, Petrópolis, Teresópolis e Bom Jardim. As mensagens foram passadas por mensagens para celulares entregues a líderes comunitários.
O alerta foi passado pela equipe do major Gil Kempers, diretor do Centro de Administração de Desastres, por causa de um grande volume de nuvens densas que se aproximam do estado por São Paulo e por Minas Gerais e que podem atingir a Região Serrana, a capital e a Baixada Fluminnese. Em caso de necessidade, as sirenes nestas comunidades serão acionadas. Até o momento, nenhuma ocorrência foi registrada, mas a equipe de emergência do centro está de prontidão.
Na quarta-feira, a cidade do Rio registrou na quarta-feira o dia mais quente do ano: 41,2 graus. Foi a temperatura mais alta medida em todo o país, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O recorde foi batido às 13h na estação do Aeroporto de Jacarepaguá. E o calor promete aumentar nas próximas estações. Primavera e verão terão temperaturas até cinco graus acima da média histórica, com a presença, ainda que tímida, do fenômeno climático El Niño.
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