
O bloco do Caldeirão do Huck “Lata Velha” é uma grande farsa. A fraude 
foi desmascarada por João Marcelo, um (in)feliz “contemplado” (leia-se 
enganado) pelo programa da Rede Globo. Com o intuito de baratear custos e
 cumprir a promessa, o carro antigo a ser restaurado é trocado por 
outro, que então é reformado para se parecer com o carro do cliente. 
Após isso começa a segunda etapa, uma série de propostas e subornos para
 manter o cliente calado, até falsificação de documento e assinatura. 
Fico a pensar se um bloco supostamente simples como o “Lata Velha” tem 
tantas fraudes, apenas para conseguir lucrar em cima, quantos podres 
ainda estão sob as mentiras e calúnias da Globo? Um dia a casa cai… 
(texto original) “Estava bom demais para ser verdade. Foi o que pensou 
João Marcelo Vieira, 37 anos, ao participar do quadro Lata velha, no 
programa Caldeirão do Huck, da Rede Globo.
O sonho de ver seu Opala verde, ano 79, transformado em uma supermáquina
 durou menos de 24 horas. No dia da gravação, o vendedor não percebeu 
que não existia mais nada do Opala no modelo reformado. Nem no dia 
seguinte, quando a produção rebocou novamente o carro para a oficina, 
alegando que iria acertar a documentação. Meses depois, ele recebeu o 
carro, e só então percebeu, com o documento na mão, que o registro era 
uma Caravan 79. O próprio João Marcelo demorou para entender o que 
estava acontecendo.
O documento esclarecia as dúvidas: a Caravan marrom, que antes pertencia
 a Rubem de Souza, em Minas Gerais, teria sido comprada por ele próprio 
por R$4.200! O problema é que João, dono de um quiosque na Praia do 
Recreio, garante que nunca esteve na cidade de Ribeirão das Neves, em 
Minas, tampouco adquiriu o carro e muito menos assinou o documento de 
compra e venda. Estava, segundo ele, configurada a fraude.
E começou uma odisséia em busca do verdadeiro carro. “Me deram o 
documento do carro com minha assinatura falsificada e sumiram com o 
Opala, que era de umtio que morreu de câncer e me pediu para não vendê-lo nunca”, lembra 
João Marcelo. O Opala, que tinha o apelido carinhoso de Ogro, estava 
caindo aos pedaços, só pegava no tranco, mas quebrava galhos. O 
quiosqueiro nunca tinha pensado em fazer a reforma. 
A participação no Lata velha foi sugestão de dois clientes, os atores 
Rodrigo Hilbert e Fernanda Lima. A pedido deles, João Marcelo escreveu 
uma carta, entregue, em mãos, a Luciano Huck, durante uma festa. Dias 
depois, a produção do programa procurou pelo comerciante, fez 
entrevistas e fotos do carro. “Na terceira entrevista, o Luciano 
apareceu no meu quiosque já para pegar o carro. Ele me propôs cantar uma
 ópera. Tive sete aulas de canto em Niterói. Tudo isso levou uns 26 
dias. 
O carro supostamente foi para Belo Horizonte, eu acho, porque, até 
agora, a Justiça não conseguiu achar a oficina, cujo endereço foi 
passado pelo próprio dono, Paulinho Fonseca, baterista da banda Jota 
Quest”, diz João Marcelo. Para ter seu carro modificado no programa, 
João interpretou no ar O sole mio, de Luciano Pavarotti, e emocionou o 
público. “No dia seguinte ? gravação, dei uma volta com o carro, 
escoltado pela Globo. Logo depois, a emissora mandou rebocá-lo sob 
alegação de que atualizaria a documentação. No quarto dia, recebi um 
telefonema da Rita, da produção do Caldeirão, dizendo que uma pessoa do 
Sul tinha oferecido R$ 120 mil para comprar meu carro. Não aceitei 
porque minha intenção era ficar com o Opala modificado”, explica. Dois 
meses se passaram e nada do carro voltar. Ele conversou com Fernanda 
Lima, que conseguiu marcar uma reunião na Globo. Lá, João Marcelo diz 
que recebeu uma proposta financeira e que todos assumiram o erro do 
programa. Segundo o comerciante, a emissora não gostaria que o caso 
fosse para a Justiça. O encontro teria acontecido na sala do diretor da 
emissora Aloísio Legey. “Havia três advogados, o Paulinho, o Aloísio e a
 Ana Bezerra, diretora de produção. 
O Aloísio perguntou o que eu queria e disse que se eu levasse o caso 
para a Justiça demoraria três anos. Falei que não queria nada, só o meu 
carro de volta”, conta João Marcelo, que não esperava uma reação tão 
enérgica do diretor: “O Aloísio bateu na mesa e disse que isso poderia 
acabar com o programa do Luciano quando eu falei que minha carruagem 
tinha virado abóbora e, por isso, a situação era grave”, afirma. 
O comerciante contou que ficou acertado no encontro que o programa 
devolveria o Opala transformado. Passados outros dois meses, o carro foi
 entregue. Mais uma vez, era a tal Caravan: “Quando me deram a 
documentação, vi que era da Caravan marrom. O carro foi comprado por R$ 
4.200 e ainda falsificaram minha assinatura para legalizar a 
transferência. O número do chassi na documentação não era do Opala. As 
placas de identificação nas portas do veículo também eram de outro 
carro. 
O carro é um Frankenstein, foi remontado em cima de outra carcaça”, 
garante. Desde janeiro, corre na Justiça um processo contra a Rede Globo
 e a Oficina Nittro Hot Rods no cartório da 1ª Vara Cível, em 
Jacarepaguá, com um pedido de indenização por danos morais e materiais. A
 pergunta que fica é a seguinte: Onde foi parar o Opala?!?…” E para quem
 ainda não acredita, aqui vai o link do processo em andamento: 
www.tj.rj.gov.br Processo No 2007.203.000972-9 TJ/RJ – 20/02/2008 
13:00:16 – 














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